cacau maillard
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 41, n. 2, abr./jun., 2005
Avaliação de xaropes contendo cloridrato de metoclopramida, pelo método de Bratton-Marshall
Beatriz Resende Freitas*, João Fernandes Magalhães
Departamento de Farmácia, Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo
*Correspondência:
B. R. Freitas
R. Canário, 891 apto 146 - Moema
04521-004 São Paulo – SP – Brasil.
E-mail: freitasbeatriz@uol.com.br
Atualmente, a maioria dos fármacos apresenta grupamento amínico.
Estes quando associados a açúcares redutores ou a outros adjuvantes farmacêuticos contendo carbonila, freqüentemente produzem problemas de estabilidade, comprometendo a idoneidade do produto. A Reação de Maillard pode explicar tal ocorrência.
Neste trabalho estudou-se o comportamento de xarope contendo amina aromática, tendo em vista a associação de açúcares e aminas, a Reação de Maillard e problemas de estabilidade. O protótipo escolhido foi o cloridrato de metoclopramida, benzamida com atividade farmacológica antiemética. Amostras dos xaropes de cloridrato de metoclopramida foram mantidas em estufa a 40 °C por seis meses. Em intervalos regulares de tempo alíquotas foram retiradas e submetidas à análise pelo método de Bratton-Marshall, seguida de leitura espectrofotométrica. Não houve grande variação no teor do cloridrato de metoclopramida em relação ao teor de açúcar, sendo que foram preparadas amostras padronizadas dos xaropes de cloridrato de metoclopramida em diferentes concentrações de açúcar. Houve diminuição do teor do cloridrato de metoclopramida, da ordem de 50%, tanto para amostras padronizadas como para amostra comercial.
INTRODUÇÃO
Conforme pode ser constatada em sua estrutura molecular, o cloridrato de metoclopramida é uma benzamida e seu nome químico é 4-amino-5-cloro-N-[2(dietilamino)-etil]-2-metoxibenzamida, sendo caracterizada como base fraca (Pitre, Strandi,