Bônus demográfico
Há três décadas discutia-se as causas e conseqüências do crescimento populacional, a chamada “bomba demográfica”. Hoje discute-se as causas e conseqüências “transição demográfica” ou bônus demográfico. No mundo, mais cedo ou mais tarde, mais rapidamente ou mais lentamente, os níveis de mortalidade e natalidade estão caindo. Nos anos 60, o que parecia impossível, nas condições de subdesenvolvimento, tornou-se provável a partir do conhecimento desta época. O bônus demográfico, nada mais é, do que um momento único na história, em que a população entre a faixa etária de 15 a 64 anos aproximadamente, supera o número de crianças e idosos. No Brasil, este período deverá ocorrer nas três primeiras décadas do século 21, até aproximadamente o ano de 2030, ano que a população de pessoas idosas deverá ultrapassar o número de pessoas jovens a adultas.
Essa faixa etária de 15 a 64 anos compõe a população economicamente ativa de um país, pessoas com capacidade para trabalhar e gerar riquezas, já jovens e idosos ou são dependentes ou necessitam usufruir da riqueza gerada pelos que trabalham.
Pensando dessa forma, quanto mais pessoas trabalhando, mais riquezas serão geradas ao país, conseqüentemente sua economia tende a crescer. E a mulher é peça fundamental deste crescimento, pois as décadas passadas eram do lar e agora se tornaram economicamente ativas. Esse período é muito importante, porém perigoso, pois se o governo não se preparar economicamente para o envelhecimento da população, quando a mesma exigirá grandes investimentos para garantir uma vida digna (aposentadoria) ai sim estaremos em um caos político.
Quando eu digo se preparar, eu não digo simplesmente para oferecer um emprego qualquer, mas sim investir quantidades maciças na formação dos jovens, para que quando esse jovem chegue a fase economicamente ativa, ele possa colaborar para o desenvolvimento do país.
Porém temos uma triste realidade, estudos apontam que quase metade dos jovens