Burocracia
Para Weber, a principal característica da sociedade moderna e do capitalismo é a racionalização burocrática Esta necessidade de organização racional (burocrática) para obter a produção com o menor custo, persistiria mesmo depois da revolução que tivesse dado ao Estado a propriedade dos meios de produção, ou seja, o socialismo.
Weber afirma que o proletariado, enquanto classe, não pôde existir fora do Ocidente (apesar dos vários tipos de capitalismo, através da história e das suas singularidades), por falta de uma empresa que lhes organizasse o trabalho livre.
O tema central da interpretação de Weber da moderna sociedade ocidental é a racionalização, tal como se manifesta na ciência, indústria, burocracia.
O regime capitalista, baseado na propriedade individual dos meios de produção, e na concorrência do mercado esteve historicamente, associado ao processo de racionalização. Este processo é o destino do homem, contra o qual não conseguiremos nos revoltar e do qual nenhum regime pode escapar (jaula de ferro/burocracia). Ele foi hostil ao socialismo porque ameaçava a dignidade do homem e representava a servidão dos indivíduos, com relação às organizações anônimas. O sistema de dominação eficaz é, também, um sistema de dominação do homem pelo homem, levando aos mesmos perigos do capitalismo. Mais ainda, o socialismo não suprirá a ordem burocrática, a dominação racional e anônima. Nas sociedades socialistas, a redução da margem de liberdade de ação deixada ao indivíduo nas promoções aos níveis superiores da hierarquia, seria realizada de acordo com procedimentos burocráticos: homem político/ministros, diferente das sociedades democráticas, cuja promoção é oriunda do conflito e diálogo, que valorizam mais a personalidade dos candidatos.
A burocracia é, para Weber, um fenômeno antigo (novo império egípcio, chinês, Igreja Católica), mas, no sentido weberiano, a burocracia é definida por alguns traços estruturais, tais como: