Burocracia Weberiana

1) A Burocracia Weberiana

A Teoria Burocrática propõe um modelo de organização racional e eficiente por excelência. Na tentativa de solucionar todos os problemas organizacionais e adequar os meios para o alcance dos fins, ela pretende detalhar minuciosamente como cada coisa deve acontecer.

De acordo com Weber, a organização ideal burocrática deve possuir normas e regulamentos escritos, com caráter legal e abrangendo cada um de seus setores, a fim de estabelecer padronização, disciplina e poder de coerção. Assim como as normas, a comunicação deve ser efetuada sempre por escrito, com o objetivo de garantir registros e comprovações adequadas. Dessa maneira, são criadas rotinas que facilitam o preenchimento de sua formalização.

A racionalidade aplica-se também ao trabalho, sistematicamente divido com atribuições e posições hierárquicas bem definidas, de forma que cada trabalhador saiba exatamente qual é sua função e como realizá-la, bem como quem o controla e a quem deve obedecer. A hierarquia da autoridade é um princípio-chave da burocracia, de modo que não há cargo sem controle ou supervisão.

As relações na burocracia são impessoais, sendo as pessoas desvinculadas dos cargos para que laços afetivos não proporcionem qualquer tipo de vantagem ou desvantagem aos trabalhadores envolvidos. O caráter do cargo é perpétuo mesmo com a transitoriedade das pessoas que o ocupam e cada um desses cargos tem seu desempenho minuciosamente padronizado e definido, estabelecendo rotinas e procedimentos fixos a fim de assegurar a disciplina no trabalho. A escolha das pessoas é definida por mérito e competência técnica, caracterizando as organizações regidas pela teoria da burocracia como meritocráticas. Outra característica é a profissionalização dos participantes da organização , sendo todos eles especialistas assalariados com uma carreira e um mandato delimitado.

Toda essa padronização resulta em uma completa previsibilidade do funcionamento organizacional, com a