Diversos
Robson Franco de QUEIROZ2
RESUMO O presente artigo procura inserir a administração burocrática estudada por Max Weber no quadro conceitual da sua sociologia compreensiva. Depois de apresentarmos a burocracia como um tipo ideal, procuraremos explicitar como este conceito, aparentemente coletivo, está coadunado com o dado fundamental da sociologia compreensiva weberiana, a ação social, e com a objetividade do conhecimento nas ciências da cultura. Palavras-chave: Max Weber; burocracia; tipo ideal; ação social; objetividade.
Falar em burocracia é falar de uma manifestação abrangente e, pelo menos nestes tempos, indispensável à vida moderna ou, em termos weberianos, universal em seu valor e significado. Ela, a burocracia, se insere em um processo histórico mais vasto: o de racionalização, que significa a presença na modernidade ocidental de uma atitude de instrumentalização que os agentes têm para com o mundo, para com os outros e para consigo com vistas à consecução de determinados fins ou valores. Esta racionalização weberiana tem sido lida ou desdobrada por diversos autores (HABERMAS, 2000, p.3-4) contemporâneos como se dando de duas maneiras: cultural e societária. Se aquela ocorre no plano dos valores estéticos, intelectuais e prático-morais, esta, por seu turno, se dá no plano da organização ou estrutura social, no caso da modernidade ocidental: Estado (dominação dos homens pelos homens), mercado (produção, comércio e consumo de bens escassos) e burocracia (administração). A burocracia é o instrumento de poder e/ou administração localizado nas mais diversas instituições ou uniões: Estado, empresa, igreja, partido, etc.
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Esse artigo é parte de um projeto de pesquisa que está sendo desenvolvido como atividade de bolsa monitoria junto ao Depto de Sociologia e Antropologia. Esta pesquisa é orientada pelo professor Marcos Cesar Alvarez, do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de