Burnout
No sentido de contribuir com uma análise sobre os abrigos e famílias substitutos para crianças e adolescentes em situação de vunerabilidade social, o artigo reúne trabalhos teóricos e práticos de pesquisadores e profissionais da psicologia, da assistência social e da antropologia, caracterizando a transdiciplinaridade da temática das políticas sociais públicas. O texto relata sobre a extrema importância dos pais (ou avós) na vida de seus filhos adultos para apoio moral, o sustento material, suporte nos momentos de crise, e na busca de empregos. É feito uma análise comparativa realidade de países como a França onde os avós assumem o papel dos pais, com a situação no Brasil onde por causa de situações adversas, boa parte dos avós não gozam de saúde, nem de autonomia econômica para estender apoio aos filhos e netos. O artigo traz alguns dados comparando a intenção da lei (ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente) e as atuais políticas para a abrigagem de jovens em situação de vulnerabilidade social. Comentando a proposta do Programa dos Lares Substitutos iniciado em 1972, nos bairros de Porto Alegre e no interior do estado, numa época quando a antiga FEBEM promovia uma nova política de integrar as crianças necessitando de ajuda da comunidade (mães substitutas que eram voluntárias que recebiam acompanhamento de profissionais e suporte financeiro nos primeiros anos para desempenhar esta função). A reflexão do texto no leva a questionar em que sentido as diferentes formas de atendimento (abrigo e/ou família substituta) conseguem ou não cumprir as funções da família? Esta é uma das principais questões levantadas sobre os lares transitórios, além da destituição de pátrio poder e a ruptura de todo o vínculo com os pais e parentes da família de origem, podendo ser vivenciadas como problemáticas pelo jovem. Porém, o texto levanta a hipótese de que crianças