Burnout
1.1 Fundamentação Teórica
O trabalho como categoria, visto do ponto sociológico, constrói a sociedade moderna e sua dinâmica central como uma "sociedade do trabalho" ocupando lugar de destaque na vida dos indivíduos em diferentes culturas, desde a antiguidade, onde apresenta significados e consequências diferentes para cada trabalhador, compondo um paradoxo psíquico do trabalho: sendo fonte de equilíbrio para uns, e causa de fadiga para outros (LANCMAN E UCHIDA, 2003). Segundo Krawulski (1998), o trabalho antigamente era uma ocupação essencial da vida humana, fonte de gratificações e de realizações pessoais. Com o progresso do trabalho, o indivíduo promovia a criatividade e o desenvolvimento de suas potencialidades, por serem eles próprios os responsáveis pela sua elaboração e execução. Com o avanço do sistema capitalista, atualmente o trabalho possui um significado característico da sociedade capitalista, tornando-se produto de um desenvolvimento que é fruto do percurso histórico cultural, político e econômico da humanidade. Não se pode, então, negar que as transformações, tanto no mundo do trabalho, quanto na visão psicológica desse mundo, são constantes e se intensificam a cada dia (KRAWULSKI, 1998). Os resultados provocados pelas insatisfações profissionais dos trabalhadores passaram a refletir diretamente em seus aspectos emocionais e sociais. Segundo Codo (2000), não se pode investir somente em energia física quando se realiza um trabalho, pois, ali estão depositadas alegrias, insatisfações, queixas e sonhos a subjetividade. Portanto essas insatisfações deram espaço para fragilidade emocional. As pessoas, ao sentirem-se sem alternativa para compartilhar suas dificuldades, anseios e preocupações, percebem o aumento de sua tensão emocional, o que pode levar ao surgimento do estresse crônico e ao desenvolvimento da síndrome de Burnout.
1.1.2 A Síndrome de Burnout em educadores
No modelo