Burnout
De acordo com esses autores, a dimensão Exaustão Emocional refere-se a um sentimento de fadiga e esgotamento energético, que esvazia os recursos emocionais do indivíduo. Esse componente do burnout retrata o aspecto de estresse individual da síndrome. A Desumanização, componente interpessoal do burnout, engloba as atitudes negativas de dureza, indiferença e distanciamento excessivo manifestas pelos profissionais no relacionamento com os usuários dos seus serviços (ex. pacientes, alunos). A dimensão Decepção relaciona-se a um sentimento de incompetência e a percepção de um desempenho insatisfatório no trabalho, retratando o aspecto de auto-avaliação do burnout (Maslach et al., 2001; Tamayo, 2008; Tamayo & Tróccoli, 2002a, 2002b).
Diversos autores alertam para a expansão do burnout e sinalizam que esse fenômeno, ao se nutrir de mudanças negativas no mundo do trabalho, está se alastrando de maneira preocupante. Por exemplo, Maslach e Leiter (1997), ao abordarem as proporções epidêmicas tomadas pelo burnout, descrevem o ambiente de trabalho atual como frio, hostil e muito exigente, sob os pontos de vista econômico e psicológico, aspectos que estão levando as pessoas à exaustão emocional e física.
Abordagens recentes do burnout (Maslach & Leiter, 1997) explicam essa síndrome a partir de novas interpretações da noção de desajuste indivíduo-trabalho. Esses autores sustentam que a distância ou o desajuste entre a pessoa e o seu trabalho incrementam a probabilidade de desenvolvimento do burnout.
O processo de desajuste pode se apresentar em uma ou mais das seguintes áreas: carga de trabalho,