Bullying
NASCIMENTO, Karine Bueno do2; COSTA, Fátima Terezinha Lopes da3; KRUG, Marilia de Rosso4
Embora a violência sempre tenha existido, ultimamente um tipo específico tem chamado a atenção de estudiosos, o bullying, este tem como características fundamentais o desequilíbrio de poder entre a vítima e agressor, a continuidade das agressões e consequências drásticas para todos os envolvidos. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo analisar a prevalência de vítimas de bullying, suas características comportamentais e os sentimentos associados. Para isso utilizou-se o questionário padronizado pela instituição inglesa Kidscape, tendo como entrevistados 459 alunos de ambos os sexos, matriculados de 5ª a 8ª série, em três escolas públicas estaduais do município de Cruz Alta–RS. Os dados foram tratados através de frequência simples e percentual. Os resultados obtidos evidenciaram a existência de bullying, tendo como prevalência 30% de vítimas, sendo o gênero feminino o mais acometido pelas agressões (55,1%), entretanto, é o gênero masculino (57,2%) que mais realiza as agressões. Os alunos apontaram como os maiores culpados pela ocorrência do bullying os próprios agressores (49,2%), além disso, 13,8% das vítimas afirmaram não quererem mais frequentar o ambiente escolar. Constata-se que o bullying está presente nas escolas investigadas, sendo este um dos motivos que poderá levar a uma provável evasão escolar. Desta forma, bullying não pode ser encarado como algo típico da idade e/ou brincadeira, sendo necessário que toda comunidade escolar preocupe-se em solucioná-lo, para que assim todos possam conviver em um ambiente solidário, criativo, democrático e propício para a aprendizagem através das relações