bullying
Autor: Salvador Loureiro Rebelo Jr
Propostas de intervenção para minimização do fenômeno
O artigo em questão tem o objetivo de conceituar e caracterizar o fenômeno bullying, e de levantar algumas possíveis explicações e conseqüências de sua ocorrência. O estudo também apresenta programas e estratégias adotadas no contexto escolar que vêem apresentando sucesso na redução de comportamentos agressivos.
O bullying começou a ser pesquisado há 10 anos na Europa, quando se descobriu o que estava por trás de muitas tentativas de suicídio entre adolescentes. Sem receber a atenção da escola ou dos pais, que geralmente achavam as ofensas “bobas”, a criança recorria a uma medida desesperada. Na atualidade, é um tema que vem despertando cada vez mais o interesse de profissionais da área da educação.
Todos os dias, alunos do mundo todo sofrem com um tipo de violência que vem mascarada na forma de “brincadeira”. Pesquisas em todo o mundo revelam que esses comportamentos, há pouco tempo considerados inofensivos, podem acarretar sérias conseqüências ao desenvolvimento psíquico dos alunos, gerando desde queda na auto-estima, até em casos mais extremos, o suicídio e outras tragédias.
Em todo o mundo, as taxas de prevalência do bullying, revelam que entre 5% a 35% dos alunos estão envolvidos no fenômeno. De acordo com artigo de Nogueira & Chedid (2003), um estudo realizado em Portugal, aponta que 1 em cada 5 alunos (22%), de 06 a 16 anos, já foi vítima de bullying na escola.
Trata-se de um problema mundial, encontrado em todas as escolas, que vem se disseminando largamente nos últimos anos, atingindo faixas etárias cada vez mais baixas, como crianças dos primeiros anos de escolarização.
O conceito de bullying é o mais variado, em geral, é descrito como atitudes de intimidação, agressão física e psicológica e abuso sistemático do poder. Segundo Ballone (2005), o termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas,