Brincar
O termo “lúdico”, do latim ludus, embora comumente usado na forma substantivada, é um adjetivo que indica algo que possua a natureza do brincar.
O brincar é o conjunto de ações lúdicas desenvolvidas pelo homem, manifestada por meio do jogo ou da brincadeira, com o uso ou não do brinquedo como suporte. Neste sentido, o lúdico abarca as categorias do jogo, do brinquedo e da brincadeira e, ainda que sejam feitas do mesmo tecido conceitual, são demarcadas por suas especificidades (ORNELAS).
Revendo a história da humanidade podemos constatar que o elemento lúdico é encontrado em várias culturas desde os tempos primitivos, o que deixa claro que a ludicidade é inerente à natureza do homem, seja qual for sua origem.
Desde os tempos das cavernas, o homem já manifesta sua humanização através do brincar. Tal ato pode ser visto em suas pinturas rupestres, suas danças, suas manifestações de alegria. Na civilização atual, percebe-se a presença marcante da brincadeira na vida do homem: as piadas; a “paixão nacional” (futebol); os esportes em geral - o bilhar, o xadrez, a dança; o carnaval - fantasia e dança; o computador, a televisão; o teatro; o ato sexual... e até a política - brincadeira de quem pode mais, quem pode competir melhor. Todas estas são manifestações de que o homem gosta e precisa do ato lúdico que o transcende. (LIMA, 2009, p.5).
Evidentemente, as várias modalidades lúdicas não permaneceram imutáveis através dos tempos. Como toda atividade humana, foram transformadas pela ação dos indivíduos de acordo com a época e a sociedade em que ocorreram.
Ao falar sobre os diferentes enfoques do lúdico, Santos (1999) identifica seis pontos de vista distintos:
• Do ponto de vista filosófico: o lúdico é abordado como um mecanismo para contrapor a racionalidade. Há séculos, vivemos uma relação de competição entre razão e emoção, como se fossem aspectos irreconciliáveis do ser humano. Estamos vivendo