BRICS
HELLEN KAROLINE DE ALMEIDA SOUZA
AED – MAIO 2015/1
A IMPORTÂNCIA DE UM BANCO ESPECÍFICO PARA OS BRICS
Os países emergentes que formam os BRICS reivindicam agora seu novo papel na economia mundial. Esses países são Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Os presidentes dos mesmos assinaram em Fortaleza, BR., a constituição de um banco de desenvolvimento com um aporte iniciante de 50 bilhões de dólares para que seja formado o capital do banco e 100 bilhões para a capacidade de empréstimo.
De acordo com o embaixador brasileiro José Alfredo Graça Lima, essa iniciativa transmitirá uma forte mensagem sobre a vontade dos BRICS de aprofundar e reforçar sua associação econômica e finaceira. As instituições financeiras irão funcionar de forma similar ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional. A criação do banco é um passo importante para que haja a consolidação do grupo. Porém não se deve exagerar na importância que o banco poderá desempenhar nas atividades de desenvolvimento econômico. Tudo isso faz parte de um processo de confrontação com organismos como o FMI e o Banco Mundial.
A criação dessa instituição é interessante mas não a ponto de mudar a perspectiva de desenvolvimento das economias dos BRICS. Segundo o analista econômico indiano Deepak Nyyar, o Brasil deve adotar uma política ativa para evitar o aprofundamento da desindustrialização. Na sua visão, o país pode emergir como “um centro irradiador de manufatura” e precisa buscar um modelo próprio de crescimento. Ainda segundo Deepak, a criação do banco pode ser uma alegria por ser o primeiro ato de uma verdadeira cooperação e de ação coletiva por parte dos BRICS, e também por ter potencial de evoluir como uma instituição internacional que ofereça recursos aos países pobres diferentes dos oferecidos pelo FMI e BC.