Brasil
A análise de 16 países, feita por um grupo de estudos com sede em Nova York, olhou para aspectos que vão além de componentes econômicos como, por exemplo, a redução da pobreza, geralmente mencionada como indicador de maior inclusão.
Foram avaliadas algumas áreas que, acreditam os autores do indicador, explicam os protestos recentes no país e "criam critérios tangíveis" para balizar as políticas públicas.
A segunda edição do Índice de Inclusão Social pesou 21 variáveis de avanço econômico, inclusão financeira, direitos políticos e civis, acesso a educação e moradia, e avanço nas questões de gênero, raça e orientação sexual, para citar algumas facetas.
As informações foram coletadas a partir de fontes como a ONU, organizações multilaterais e pesquisas de opinião regionais.
"Nosso índice reflete o consenso emergente de que a inclusão social compreende um ambiente institucional, social, político e de atitudes que vai além da economia e da redução da pobreza e desigualdade", afirmaram os autores.
"No seu sentido mais básico, a inclusão social é uma questão de oportunidade: representa a combinação de fatores necessários para que um indivíduo desfrute de uma vida segura e produtiva como membro totalmente integrado à sociedade – independentemente de raça, etnia, gênero ou orientação social."
Desigualdade sistêmica
O Brasil liderou a América Latina em percentagem do PIB investido em programas sociais, por exemplo, uma medida importante para reverter desigualdades históricas de raça e gênero – na opinião dos analistas.
O país também foi considerado em melhor situação que outros vizinhos na existência de leis para proteção de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT). O critério utilizado se baliza puramente no reconhecimento dos direitos e dá pouco peso a problemas como a homofobia e