A figura do colonizador português é a do contemporizador. Nem ideais absolutos, nempreconceitos inflexíveis, assemelhando-se em alguns pontos ao espanhol e em outros aoinglês. É o mesmo hibridismo da indecisão e a dualidade entre África e Europa. O próprioportuguês que trouxe escravos da África atravessando o Oceano em condições completamenteinsalubres, também foi capaz de miscigenar amigavelmente com os seus escravos.Entre as características do português está a de ser muito orgulhoso, mas, contraditoriamente,muito simples também. Andavam em suas casas-grandes todo mulambentos e colocavam suasmelhores roupas para sair ás ruas.Outra característica era o ódio aos mouros ¿ ou infiéis -. Ninguém era rejeitado no Brasil,desde que fosse cristão-católico. Isso pelo fato de Portugal ser dominada por mouros e, naexpulsão deles, o principal fator para a união dos portugueses, foi o da guerra contra opaganismo.Na expulsão dos mouros de Portugal, para se garantir a posse das terras, a agricultura foi ogrande instrumento. Principalmente a lavoura gerada pelo clero, mas que ficou restrita a isso.Havia pouca comida nos dias normais, exceto nos dias de festa. Os jejuns eram muito banais,tanto pela religiosidade, quanto pela economia. No Brasil, a descoberta foi na expansãomarítimo-comercial, porém, manteve-se a agricultura como fator de garantia da posse daterra, porém administradas pelos senhores-de-engenho, contrariando a Igreja. Em Portugal opoder da Igreja Católica era muito grande, e por esses motivos houve rusgas entre senhores-de-engenho e jesuítas. Todavia, a religiosidade nunca deixou de estar presente na vida destes.A capela ficava dentro da casa-grande, substituindo as catedrais, muito utilizadas pelosespanhóis.O autor fala de muitos paulistas com cara de mouros, isso se deu devido ao fato de que muitosmouros foram mandados para o Brasil. Os mouros eram tidos como trabalhadores. O verbomourejar significa trabalhar, por exemplo. Muitas profissões técnicas foram