Botanica Da Atividade
ENSINO DE CIÊNCIAS VISANDO A INCLUSÃO DE
ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL
1. INTRODUÇÃO
Os livros didáticos utilizados pelos docentes do ensino fundamental, principalmente no que tange aos conteúdos de ciências, são elaborados para serem utilizados por estudantes que não apresentam deficiência visual, visto que são ricamente ilustrados. Na parte botânica, essas ilustrações evidenciam detalhes ou características morfológicas dos órgãos vegetais, que para os alunos videntes facilitam muito a compreensão dos processos fisiológicos e as suas relações com o ambiente. Entretanto, para os alunos deficientes visuais isso é um fator restritivo, visto que, a percepção desses alunos é tátil, olfativa e gustativa, e não visual como para os demais.
Considerando o processo de inclusão de alunos com deficiência visual em classes com alunos videntes, e tendo como objeto de estudo conteúdos botânicos é que foi pensado este instrumento. Como afirma Silva (2011),
ao planejar atividades de ensino e aprendizagem para uma turma/classe com alunos com deficiência visual incluídos, necessário se faz considerar os estímulos a serem priorizados na apresentação das mesmas. O campo de atividade é vastíssimo e variado, pois são semelhantes às aplicadas aos alunos videntes. Em quase todas as atividades há a possibilidade de adaptação, considerando a necessidade da disciplina ministrada, a disponibilidade de espaço físico e o material existente.
Muito embora as escolas que se propõem trabalhar com alunos cegos em suas classes regulares procurem oferecer algum tipo de material didático apropriado,
quando se trata do ensino de conteúdos botânicos, esse recurso praticamente não existe. Outro fator negativo é o fato de que o professor de ciências não foi preparado para reger uma classe que tenha também alunos cegos, principalmente porque os projetos pedagógicos dos cursos de licenciatura, na sua maioria, não contemplam a formação de docentes que possam atuar