Bom senso
POSTADO POR PROFº TEIXEIRA ON SEXTA-FEIRA, 22 DE JANEIRO DE 2010 A contabilidade é uma ciência que deve refletir todas as transações de uma entidade (em-presa), de forma a ser possível apurar o seu resultado de um determinado período, bem co-mo identificar em qualquer momento qual é o valor dos bens e direitos da empresa e de suas obrigações. Dessa forma, a contabilidade não só registra fatos, mas controla os negó-cios, e informa a todo momento quais os bens que a empresa tem, quando foram adquiridos, por quanto tempo já foram usados, ou informa quanto a entidade deve ao fornecedor fulano de tal, quais as remessas de mercadorias que foram feitas, o vencimento de cada nota fiscal etc. etc. Portanto, contabilidade é fonte de informação, é o local aonde deveremos dirigir-nos sempre para obter dados para o orçamento anual, é de onde saem as informações para o fluxo de caixa, e assim por diante.
Mas a contabilidade, em sua tarefa de registrar e de ser fonte de informação, precisa trazer no seu bojo a figura do bom senso. Isto quer dizer que a contabilidade precisa ser dinâmica, ser flexível e se adaptar às mais diversas condições. Mas essa aceitação não pode ser algo cego. Todavia, a contabilidade simplesmente não pode aceitar mudanças, simplesmente pelo fato de que essas mudanças vem de fulano ou de beltrano. Mudanças precisam ser discutidas para serem acatadas.
Se não vejamos um exemplo: Com a inflação muito alta, o reconhecimento da correção monetária como um item de receita e de despesa resultante da correção do balanço passou a ser um princípio contábil geralmente aceito pela comunidade empresarial e pelos contadores. E essa correção monetária foi reconhecida na contabilidade por mais de trinta anos, seja pelo caminho quando se corrigia apenas o ativo imobilizado, seja apenas pela correção monetária do capital de giro, ou pela correção monetária das contas do ativo permanente e do patrimônio líquido. Até então finalmente