boltanski
Autor: Gustavo Neves Bezerra – mestrando do programa de pós-graduação em Sociologia e Antropologia da UFRJ (PPGSA-UFRJ).
Orientador: Henri Acselrad (IPPUR-UFRJ).
I) Objetivo:
A pesquisa busca caracterizar as diferentes “ordens de justificação” evocadas pelo atores sociais implicados nos conflitos ambientais registrados por órgãos públicos do Estado do Rio de Janeiro.
II) Base Empírica:
A base empírica da pesquisa é constituída pelo Mapa dos Conflitos Ambientais, que faz parte do Mapa da Justiça Ambiental no Estado do Rio de Janeiro, projeto realizado pela FASE – Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, em conjunto com o IPPUR – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da UFRJ. Os conflitos ambientais analisados foram coletados a partir dos registros dos órgãos públicos do Estado do Rio de Janeiro, tais como a FEEMA e o Ministério Público Estadual.
III) Base Teórica – “El Nuevo Espíritu del Capitalismo” (Luc Boltanski e Éve Chiapello). Justificativa: fazer da “crítica” uma categoria sociológica central da contemporaneidade. Permite pensar as relações entre os enunciados de justiça proferidos pelos atores sociais com a dinâmica capitalista.
a) Os componentes estruturais do capitalismo:
K-K’
* O Capitalismo “em si” - acumulação pela acumulação. Processo social “absurdo”: isento de sentido até mesmo para seus maiores beneficiários. Necessita de estímulos morais externos para perdurar, ou seja, de um “espírito” que lhe dê fundamento.
* Espírito do capitalismo - Conjunto de crenças associados à ordem capitalista que justifica socialmente o engajamento das pessoas em seus modos de operação. Não se trata de “falsa consciência”, mas de enunciados normativos que são o tempo inteiro submetidos a “provas de realidade”, principalmente por via do Direito. O espírito do capitalismo geralmente faz tipos três