luc boltanski
Criticas e justificações nas recentes evoluções do capitalismo
Introdução
O texto incide sobre a questão da moral no seio da sociologia. Subjacente a esta questão denomina-se as falsas oposições e os conflitos superficiais.
Onde se encontra o problema central, dentro das ciências sociais, que é a relação entre as construções que afastam a interpretação das acções por motivos morais invocados pelas pessoas e as construções que tomam em consideração os motivos morais e como os tentam incorporá-los ou criticá-los nas análises de interpretação das acções.
1.Que fazer dos motivos morais?
Para as ciências sociais é tentador criar uma necessidade que se pudesse escapar da consciência e dos motivos morais e mesmo à acção voluntária o que permitiria criar as suas próprias leis orientadas para uma finalidade.
Mas, na actual discussão do construtivismo esta necessidade de criar leis aparte dos motivos morais não é possível para as ciências sociais, porque os indivíduos e as suas acções pertencem interligados e em associação tanto com as ideias, como com os ideais , valores, etc.
E é nesta associação entre a acção e a moral que entra em questão o aspecto dos motivos morais versus as abordagens racionais e teóricas no estudo do homem. “tendo as ciências do homem como objecto seres humanos de carne e osso toma-se bastante complicado nao ter em consideração os motivos morais”. (Boltanski)
Em suma a explicação das acções individuais fazem-se recorrendo ao modelo de que as pessoas agem em conformidade com os modelos de comportamento que interiorizaram.
Neste esquema o que acontece aos motivos morais, ideias e ideais, como exemplo, que as pessoas dizem professar?
Neste caso apresenta-se duas possibilidades pouco satisfatórias:
Motivos morais sao apenas a transfiguração de interesses estruturais fáceis de desvendar.
Acção determinada pela estrutura, nao se poderia realizar segundo os seus próprios fins a nao ser que fosse dissimulada