Fichamento
Paulo: Editora WMF Matins Fontes, 2009.
INTRODUÇÃO: O espírito do capitalismo e o papel da crítica
Em sua obra os autores analisam as mudanças ideológicas que acompanharam as recentes transformações do capitalismo, a partir de 1968 quando emerge uma crítica veemente, anos 1980 quando a crítica arrefece e nos anos 1990 quando há uma retomada. Os autores pretendem analisar as mudanças ideológicas associadas a economia, a partir da elucidação das relações que se instauram entre o capitalismo e seus críticos. Para tanto, introduzem a noção de espírito do capitalismo, que permite articular dois conceitos centrais, sejam eles capitalismo e crítica
(BOLTANSKI E CHIAPELLO, 2009).
Capitalismo se caracteriza pela exigência de acumulação ilimitada por meios formalmente pacíficos, ou seja, seu objetivo é extrair lucro (aumentar o capital) que será reinvestido. Isso é o que lhe confere dinâmica e força de transformação. Mas, esse acúmulo não consiste em amontoamento de riquezas, mas na transformação permanente do capital- equipamentos, matérias-primas, componentes e serviços- em produção, da produção em moeda e da moeda em novos investimentos 2
(BOLTANSKI E CHIAPELLO, 2009).
OBS: Então, o capitalismo difere da autorregulação mercantil, que visa garantir a igualdade de forças entre operadores, e de distingue da economia de mercado, que é anterior a norma de acumulação ilimitada do capitalismo e pode ser considerada uma forma de auto limitação do capitalismo, a partir de suas regras de livre-comércio, proibição de comércios e monopólios
(BOLTANSKI E CHIAPELLO, 2009).
O capitalista é qualquer um que possua um excedente e o invista para extrair lucro, pode ser o acionista que aplica dinheiro esperando um remuneração, o pequeno aplicador, o poupador, e os grandes proprietários. O grupo capitalista reúne o conjunto