Boldo
Umas das formas mais antigas para prevenção de doenças, é a prática do uso de plantas medicinais visando efeitos terapêuticos. Várias comunidades acreditavam no poder curativo das plantas, tornando-o uma prática de conhecimento popular. No Brasil, os índios utilizavam as plantas como remédios e obtinham êxito no resultado. Durante muito tempo, essa prática foi bastante utilizada no mundo todo, levando a busca pelo alívio, e cura de doenças.
É inegável, no entanto, que o uso popular e mesmo tradicional não são suficientes para validar as plantas medicinais como medicamentos eficazes e seguros. Nesse sentido, as plantas medicinais não se diferenciam de qualquer outro xenobiótico sintético, e a preconização ou a autorização oficial do seu uso medicamentoso deve ser fundamentada em evidências experimentais comprobatórias de que o risco a que se expões aqueles que a utilizam é suplantados pelos benefícios que possam advir. (BRASIL, 1995).
Peumus boldus Molina é uma árvore comum no Chile, suas folhas são largamente empregadas na medicina tradicional para o tratamento de problemas digestivos e hepáticos.(JIMÉNEZ et al. 2000)
Além do uso popular, preparações a base de boldo são descritas em vários textos farmacognósticos oficiais, como Martindale Extra Farmacopéia e as farmacopéia oficial do Brasil. O boldo é também empregado na medicina homeopática (Agra et al., 2007). O boldo é indicado para hepatites, dispepsias hiposecretoras, mal estar, afecções do fígado e da vesícula, cálculo biliar, diarreia, digestão, febre, fraqueza orgânica, gota, insônia, má-flatulência, previne icterícia, prisão de ventre, problemas diuréticos, reumatismo (Newall et al., 1996).
As folhas de boldo contêm entre 0,4 e 0,5% de alcalóides pertencentes à classe dos benzoquinolínicos, sendo boldina o principal alcalóide, representando cerca de 12 a 19% do conteúdo total de alcalóides (O'Brien et al.,