Bolcheviques
Os Bolcheviques na Revolução Russa
A Revolução Russa trata-se de um movimento revolucionário que tem início em 1917, com a queda do czarismo, e termina com o estabelecimento da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o primeiro país socialista do mundo, em 1922. Começa em 27 de fevereiro de 1917, pelo calendário russo (12 de março, no ocidental), com a Revolução de Fevereiro, que força a abdicação do czar. Em 25 de outubro, sempre pelo calendário russo, a Revolução de Outubro instaura a ditadura do proletariado, surgindo, assim, a fase socialista.
Queda da Monarquia
A Rússia anterior à revolução abriga vários povos, etnias e culturas. Seu território é propriedade da nobreza. A população rural representa 80% dos habitantes. O avanço da industrialização, por outro lado, faz crescer o número de proletários. As dificuldades econômicas e políticas estimulam idéias revolucionárias contra o regime czarista. Os gastos com a I Guerra Mundial diminuem investimentos e elevam preços, aumentando os conflitos internos, reprimidos violentamente. A fome chega às cidades e há greves em quase todo o país. A insatisfação alcança o auge em fevereiro de 1917. O Exército nega-se a marchar contra o povo e, no dia 27, pelo calendário russo, o czar Nicolau II abdica. O governo é disputado pela burguesia, por meio do Comitê Provisório da Duma (espécie de Parlamento) e pelos socialistas do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), divididos entre os bolcheviques (que defendem a revolução imediata) e os mencheviques (que querem a revolução gradual, mediante reformas).
Os socialistas organizam operários, soldados e camponeses em conselhos, chamados de sovietes. Os sovietes de fábricas e de aldeias elegem representantes para conselhos regionais, que, por sua vez, se organizam nacionalmente no Congresso dos Sovietes de Operários, Soldados e Camponeses. Por fim, instala-se um governo provisório composto de ministros liberais e do