BOCA DE OURO
A peça começa com uma cena do passado, onde o Boca de Ouro (ainda não conhecido por este nome) vai ao dentista e exige que ele arranque todos os seus 32 dentes perfeitos e os substitua por dentes de ouro. O doutor inicialmente recusa-se a realizar a operação, mas depois de muita insistência e dinheiro, atende ao pedido do cliente, que já sonha com seu caixão de ouro.
Em seguida, vários anos se passam e somos levado à redação do diário “O Sol” onde recebe-se a notícia da morte do temido bicheiro Boca de Ouro. O secretário incumbe o repórter Caveirinha de entrevistar a ex-amante do Boca de Ouro, D. Guiomar (GuiGui). Ele vai com um fotógrafo. Apressa-se pois tem que chegar antes que D. Guigui descubra que o Boca de Ouro foi assassinado.
Ao chegar, o marido de D. Guigui atende a porta, desconfiado. Mas a esposa trata bem os repórteres e sente-se orgulhosa de estar sendo entrevistada. Quando o repórter revela o assunto: “Boca de Ouro” todos se assombram. Temem ser mortos pelo Boca por causa da reportagem. D. Guigui finalmente decide falar. O marido, apavorado, deixa a sala para ficar com as crianças.
Caveirinha pede que ela conte um big crime do Boca de Ouro e ela começa:
― Todo crime misterioso, que não se descobre o assassino, é batata! ― foi o “Boca de Ouro”
E prossegue contando a história de Celeste e Leleco. Neste momento, a cena muda para a casa de um casal do subúrbio. Leleco está dormindo e Celeste tenta acordá-lo para que ele vá ao trabalho. Ele não levanta e explica que não precisa porque foi demitido, por justa causa, por causa de uma briga em defesa do Fluminense. Celeste se preocupa porque a mãe dela está para morrer e eles não têm dinheiro para o enterro.
Na cena seguinte, aparecem Boca de Ouro e D. Guigui. Leleco está querendo falar com o bicheiro. D. Guigui refere-se a Leleco como o marido da Celeste e pergunta se Boca está dando em cima da Celeste. Ela observa que ― A Celeste é dureza! E gosta do marido pra chuchu!
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