TEORIA MARGINALISTA
Com o estudo da economia como ciência e o abandono da escola clássica como força principal dos meios de influência, muitas outras escolas econômicas surgiram e outras caíram num profundo esquecimento. Muitas nasceram após esse tempo, que se mantiveram como forças ativas no século 20, sequer estão presentes nos grandes debates atuais. Esse é o caso da escola econômica marxista que, por sinal, vive sua decadência. Tendendo ao isolamento, sobrevive apenas em pequenos círculos. Por outro lado, escolas outrora esquecidas vem retornando ao debate econômico com força total. Um exemplo disso é escola austríaca.
Durante um longo tempo, anarquistas de todas as correntes foram deixados de lado nos grandes debates sobre economia. Apoiando-se em teorias antigas, anarquistas ficaram só e sem uma base sólida e moderna para suas reivindicações. Mas isso está para ser mudado.
Pegando gancho nesse revival eis que a escola econômica original do anarquismo, o mutualismo, ressurge imponente. Lembrada pelos nomes de Pierre-Joseph Proudhon na Europa e Josiah Warren nos Estados Unidos, o mutualismo reaparece como uma alternativa verdadeira para os anarquistas, independente das correntes, se adentrarem nos debates econômicos no século 21.
Totalmente reformulada, esse “novo” mutualismo se apresenta resgatando a vilipendiada teoria do valor trabalho clássico, incorporando nela novos atributos dos quais variadas escolas econômicas modernas apresentaram durante o tempo. Bem como agregando novas perspectivas para libertários em geral. É nesse espírito que é concebido o Estudos na Economia Política Mutualista, escrito pelo anarquista americano Kevin Carson.
Carson é um economista mutualista contemporâneo, influenciado principalmente pelos antigos anarquistas individualistas americanos do século 19 como Josiah Warren, Benjamin Tucker e Lysander Spooner. Esse grupo de libertários foi, durante muito tempo, a maior força intelectual radical em defesa