Fichamento
“Assim, o final do século XIX assistiu a uma gigantesca revolução no pensamento econômico. Ambas as escolas partiram dos ensinamentos dos clássicos.Entretanto, Marx radicalizou os estudos da teoria do valor-trabalho e descobriu a categoria da mais-valia, que representa uma brutal crítica ao capitalismo. A revolução Jevoniana, por sua vez, baseou-se na teoria do valor-utilidade, e trouxe a inovação da determinação do valor de troca, ou preço, pela utilidade marginal. Os marginalistas seguiam a tradição das escolas que defendiam a idéia da harmonia social e, portanto, da não existência da luta de classe, e sim da colaboração entre as classes sociais. As idéias marginalistas desenvolvidas pioneiramente por Jevons, Menger e Walras, que serão sumariamente apresentadas a seguir, formam o eixo intelectual do pensamento neoclássico até nossos dias.” Pag 140
10.1 A teoria da utilidade de William Stanley Jevons
“A revolução jevoniana tem seu principal pilar nas inovações trazidas a lume no campo da teoria do valor. Para Jevons, o valor é determinado e somente explicado pelo princípio da utilidade. A passagem a seguir ilustra com clareza as idéias do autor sobre o assunto:
[...] a reflexão detida e a pesquisa levaram-me à opinião, de alguma forma inédita, de que o valor depende inteiramente da utilidade. As opiniões prevalecentes fazem do traba- lho, em vez da utilidade, a origem do valor; e há mesmo aqueles que claramente afirmam que o trabalho é a causa do valor. Demonstro, ao contrário, que basta seguirmos cuidadosamente as leis naturais da variação da utilidade, enquanto dependente da quantidade de mercadorias em nosso poder, para que cheguemos a uma teoria satisfatória da troca, da qual as leis convencionais da oferta e da procura são uma conseqüência necessária. [...]” pag 140
“Os caminhos que Jevons resolveu trilhar para esclarecer a enigmática e central determinação do valor das mercadorias, ou seja, o caminho da teoria do valor-utilidade, levaram-no a