Boas práticas de uma nutriz
Introdução
Nos últimos 50 anos houve relevantes mudanças no âmbito sócio-econômico e, com elas, grandes transformações nas relações de trabalho. Mudou a forma de oferta dos serviços públicos de saúde bem como sua procura. A população em geral dedica agora a maior parte do seu tempo ao trabalho, pouco tempo é passado em casa, o que gera também mudanças ainda mais drásticas na forma de se alimentar. As formas de produzir, comercializar, transformar, industrializar e preparar alimentos foram intensificadas para atender a grande demanda de trabalhadores que não mais tinham tempo para preparar suas refeições. (CONSELHO FEDERAL DE NUTRIÇÃO, 2008, p. 10). Esse processo traz como conseqüência o crescimento do consumo de alimentos altamente calóricos, com teor elevado de açúcares, gorduras, sal e aditivos químicos, que são pobres em outros nutrientes essenciais como vitaminas, sais minerais e fibras. O padrão de alimentação da população brasileira que antes era baseada em frutas, legumes e verduras, agora é formado por fast foods, trazendo alterações significativas no estilo de vida das pessoas. É importante também preocupar-se com as condições higiênico-sanitárias dos estabelecimentos que comercializam alimentos, não só pensando na saúde dos consumidores, mas também nos impactos ambientais, já que esse tipo de industrialização gera resíduos que muitas vezes não tem destino adequado e acabam indo para a natureza, poluindo o meio ambiente e retornando conseqüências para os consumidores, como num ciclo vicioso (MONTEIRO, CA. 2000). Nos últimos anos, houve um aumento na ocorrência de Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), freqüentemente relacionadas com fornecedores de refeições prontas. Nos estabelecimentos comerciais, o preparo de alimentos com certa antecedência, em grandes volumes e o processamento térmico insuficiente podem favorecer a ocorrência de DTAs, envolvendo um número maior de pessoas. Além disso, segundo