Bioquímica / glicólise e gliconeogênese
Glicólise A glicólise é a primeira etapa da respiração celular que ocorre no citoplasma das células dos organismos eucariontes. Nessa etapa da respiração há a degradação parcial da glicose, mas para que isso ocorra é necessário que a glicose seja ativada, e essa ativação se dá através da adição de duas moléculas de ATP. Dessa forma, podemos dizer que no início da glicólise são necessárias duas moléculas de ATP para quebrar uma molécula de glicose.
A glicose é o principal substrato para as reações energéticas, sendo a glicólise o principal processo de utilização energética da glicose, presente em todos os seres vivos, desde a mais antiga e simples bactéria até o mais recente e complexo organismo multicelular. A glicólise, entretanto, é um processo essencialmente anaeróbico, com o metabolismo aeróbico produzindo quase vinte vezes mais energia para os processos metabólicos intracelulares. Desta forma, o ciclo de Krebs e a Cadeia respiratória correspondem à sequência natural do metabolismo da glicose e dos demais compostos energéticos (ácidos graxos e aminoácidos).
Glicólise anaeróbica produzem duas moléculas de ATP que são geradas para cada molécula de glicose convertida em lactato (lactato só é produzido quando não há presença de oxigênio). Libera somente uma pequena quantidade da energia que contêm na molécula de glicose. Não há produção e consumo de NADH que é formado pela gliceraldeído desidrogenase que é usada pela lactato desidrogenase para reduzir o piruvato em lactato. Duas moléculas de lactato são produzidas para cada molécula de glicose metabolizada.
Na glicólise aeróbica a formação e e consumo de ATP são iguais a da glicólise anaeróbica, ganha duas moléculas de ATP por glicose e também duas de NADH. A glicólise aeróbica necessita da oxidação do NADH pela cadeia de transporte de elétrons. Os produtos finais da glicólise, piruvato ou lactato ainda contém a maior parte da energia