Biografia de Claude Lévi Strauss

Antropólogo e humanista belgo-francês nascido em Bruxelas, na Bélgica, considerado o pai da Antropologia Estruturalista na filosofia e sociologia, que influiu de maneira decisiva na filosofia, na sociologia, na história e na teoria literária. Membro de uma família judia francesa intelectual, era filho de um judeu agnóstico de origem alsaciana, foi criado e educado em um ambiente artístico, desenvolveu seus estudou secundários no lycée Janson de Sailly, e diplomou-se em Direito e Filosofia na Sorbonne, em Paris (1932). Discípulo intelectual de Émile Durkheim e de Marcel Mauss, além de interessado pela obra de Karl Marx, pela psicanálise de Sigmund Freud, pela linguística de Ferdinand Saussure e Roman Jakobson, pelo formalismo de Vladimir Propp etc., recebeu um convite justamente de Marcel Mauss, pai da etnologia francesa, para ingressar no recém-criado departamento de etnografia, onde começou a desenvolver sua brilhante carreira. Considerado um precursor da ecologia, ele viveu no Brasil quando aceitou um posto como professor visitante de sociologia na recém-fundada Universidade de São Paulo (1933-1939), período em que fez várias expedições ao Brasil central, realizando trabalhos de campo no Mato Grosso e na Amazônia e adquirindo experiências que o orientaram definitivamente como profissional de antropologia. Ali teve estadias esporádicas entre os índios bororós, nambikwaras e tupis-kawahib, experiências que o orientaram definitivamente como profissional de antropologia. Fruto de expedições realizadas enquanto viveu no país, publicou Tristes Trópicos (1955), considerado um das mais importantes livros de não ficção do século XX, na qual narrou seu encontro com índios no Mato Grosso e na Amazônia. Após retornar à França, morou um período nos Estados Unidos como professor visitante na New School for Social Research, de Nova York (1950-1954), antes de uma breve passagem pela embaixada francesa em Washington como adido cultural. Novamente em Paris, foi nomeado diretor