Bioetica
Tradicionalmente, a ética é entendida como um estudo ou reflexão, científica ou filosófica, e, eventualmente, até teológica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Mas também podemos chamar a ética de própria vida, vista conforme os costumes considerados corretos. A ética pode ser o estudo das ações ou dos costumes, e pode ser a própria realização de um tipo de comportamento. A ética, em se tratando de normas de comportamentos, deveria chamar-se uma ciência normativa. Tratando de costumes, pareceria uma ciência descritiva. A ética é ligada à questão da liberdade, na qual surge sempre o problema do bem e do mal, da consciência moral e da lei e vários outros problemas deste tipo.
Para os gregos, a ideal ético estava ou na busca teórica e prática da ideia do Bem, da qual as realidades mundanas participariam de alguma maneira, ou estava na felicidade, entendida como uma vida bem ordenada, uma vida virtuosa, onde as capacidades superiores do homem tivessem a preferência, e as demais capacidades não fossem, afinal, desprezadas, na medida em que o homem, ser sintético e composto, necessitava de muitas coisas.
Com o Renascimento e o Iluminismo, ou seja, aproximadamente entre os séculos XV e XVIII, a burguesia que começava a crescer e a impor-se, em busca de uma hegemonia, acentuou outros aspectos da ética: o ideal seria viver de acordo com a própria liberdade pessoal, e em termos sociais o grande lema foi o dos franceses: liberdade, igualdade e fraternidade. Entre os anos 500 e 300 a.C., aproximadamente, nós encontramos o