biocell

Transcorreu muito tempo para que a teoria celular fosse aceita indubitavelmente, pois abordava um aspecto sobre o ser humano nunca antes considerado: a formação básica do corpo humano por estruturas chamadas células, nome derivado de “cella”, utilizado anteriormente por Robert Hook. Um mundo inteiro foi incorporado à realidade dos microscopistas do século XVII, com a utilização deste aparelho foi possível descobrir também outros seres unicelulares, como por exemplo, bactérias e protozoários. Com a descoberta desses seres unicelulares, tentaram unir a teoria celular com a teoria da geração espontânea, dizendo que seria possível criar vidas microscópicas a partir de matéria inerte, o que mais tarde foi definitivamente refutado a partir de experimentos como os de Lazzaro
Spallanzani e Louis Pasteur.
A teoria celular já havia sido descoberta muito antes de ter sido formalizada, mas para que as observações histológicas fossem mais precisas, seriam necessárias melhoras no equipamento de microscopia. Certos nomes foram mais associados à teoria celular do que outros, Matthias Jakob Schleiden e Theodor Schwann, mais comumente associados à teoria, concluíram que os tecidos são compostos por células e que estas são o princípio gerador da vida. Schleiden estabeleceu a existência de uma estrutura chamada citoblasto, que se condensava e se expandia para a formação de novas células. Esta teoria foi refutada por Remak, Virchow e Kolliker, que defendiam a geração de novas células a partir de outras. O significado de célula foi ampliado. Deixava de ser somente o componente básico da vida para ser também o componente básico de processos patológicos, ocasionando o desenvolvimento da teoria da patologia molecular. Foi possível, também, desvendar os componentes da célula, a membrana, o “protoplasma” e o núcleo. Durante essas investigações celulares, ocorreram discrepâncias quanto a composição do protoplasma, descobrindo-se posteriormente que eram causadas