Bilinguismo
Ora como lembra Pinto (2001:72), importa, antes de mais, saber “se os professores de línguas estrangeiras terão de preparar falantes[bilingues/plurilingues] que apresentem competências compatíveis com as dos verdadeiros bilingues” e ainda o que “se entende, finalmente, por bilingualismo/plurilinguismo?”
A resposta a estas perguntas não reúne unanimidade entre os diferentes estudiosos. Definições do bilinguismo como “the use of two languages by an individual or a speech community” (Rod Ellis: 1994:694) ou de bilingue como “a person who knows or uses two languages” (Paradis 2004:2), determinam, desde logo, a forma como estas noções são encaradas, ou seja, permitindo que haja mais que uma leitura do bilinguismo/plurilinguismo. À mais rígida, leitura monolingue, correspondente o critério maximalista, e à mais flexível, a leitura holistica, corresponde critério minimalista (cf Paradis, 2004:2) .
Segundo uma leitura forte do bilinguismo (monolingue), o bilingue apresenta duas competências linguísticas isoladas e separadas, ou seja, o verdadeiro bilingue é aquele que é “equally and fully fluest in two languages”, pois “the bilingual is (or should be) two monolinguals in one person” (Grosjean,1992:52). Nesta perspectiva está claramente subjacente a ideia de equilíbrio no domínio de duas línguas. Nos casos em que tal não se verifique, os indivíduos não podem ser designados bilingues ganhando designações como “desequilibrados”, “semilingues” e “alingues” dependendo da situação.
A perspectiva