Bilinguismo e oralismo
Na Antiguidade os sujeitos surdos eram rejeitados pela sociedade, eram isolados nos asilos para que pudessem ser protegidos, pois eram vistos como “anormais” e não podiam ser educados. Ou seja, esta época foi marcada pela intolerância obscura na visão negativa sobre os surdos, eram vistos como “doentes” e “incapazes”.
Apenas, anos mais tarde as pessoas surdas passam a ser vistas como cidadãs com direitos e deveres de participação na sociedade, porém, ainda, sob uma visão assistencialista e excluída.
É pela história que surgem as informações, trazendo as discussões educacionais das diferentes metodologias. Nesta questão é possível observar que o centro das disputas está ligado à língua, ou seja, se os surdos deveriam desenvolver a aprendizagem através da língua de sinais ou da língua oral.
Desta forma, neste trabalho serão apresentadas duas metodologias utilizadas na educação da pessoa surda: Oralismo e Bilinguismo. Definição, aspecto histórico - educacional e características serão levantados para que ao final se conclua qual a mais adequada para realidade da educação de surdos no Brasil.
ORALISMO
Esta metodologia acredita que a maneira mais eficaz de ensinar o surdo é através da língua oral, ou falada. Os surdos que utilizam este método de ensino são considerados surdos oralizados.
“... é uma abordagem que visa a integração da criança surda na comunidade ouvinte, enfatizando a língua oral do país.” (GOLDFELD, 1997)
O oralismo surgiu na Alemanha durante o século XVIII e é caracterizado pela ideia de que a pessoa surda necessita aprender a falar a língua do seu país para se integrar à comunidade. O objetivo principal é minimizar a surdez “normalizando” as consequências da deficiência auditiva. Esta metodologia não aceita a língua dos sinais ou qualquer outro código gestual, pois acredita que com a utilização delas o surdo irá se acomodar e não despenderá esforço na aprendizagem da língua oral, pois esta sim seria a mais difícil.