Benveniste

1. Releva a importância entre o indicador (de pessoa, tempo, objeto mostrado, etc.) e a presente instancia do discurso. 2.1 Não se visa mais a própria expressão, essa relação entre o indicador à instância única que o manifesta. 2.2 A língua recorre a uma série de termos distintos que correspondem um a um aos primeiros, e que se referem não mais a instância de discurso, mas aos objetos “reais”, aos tempos e lugares “históricos”. 2.3 A própria linguagem revela a diferença profunda entre esse dois planos. 2. Formas pronominais 3.4 Não remetem a “realidade” nem a posições “objetivas”, mas a enunciação cada vez única. 3.5 A importância da sua função se comparará à natureza do problema da comunicação intersubjetiva. 3. Problema da comunicação intersubjetiva 4.6 A linguagem resolveu esse problema criando um conjunto de signos “vazios”, não referenciais com relação à “realidade”, sempre disponíveis. E que se tornam “plenos” assim que um locutor os assume em cada instância do seu discurso. 4. Pronomes
4.1 Desprovidos de referência material não podem ser mal empregados.
4.2 Não afirmando nada, não são submetidos à condição de verdade e escapam a toda negação.
4.3 Tem papel de fornecer o instrumento de uma conversão, a que se pode chamar a conversão da linguagem em discurso 5. O eu assumindo diferentes sujeitos 5.1 O eu pode ser assumido por todo locutor, com a condição de que ele, cada vez, só remeta a instância do seu próprio discurso. 5.1.1 Propriedade que fundamenta o discurso individual, em que cada locutor assume por conta própria linguagem inteira 6. O caráter sistemático da linguagem 6.1 Faz com que a apropriação assinalada por esses indicadores se propague na instância de discurso a todos os elementos susceptíveis de aí “concordar” formalmente.