Beleza importa?

ESPM
Linguagem II – Joseane Rücker
Jaqueline Pinheiro da Silva
16 de outubro de 2012.

Por que a beleza importa?

É na Grécia Antiga que padrões de beleza, a partir da simetria e proporção, começam a ser estabelecidos. Elementos como a harmonia, ordem e equilíbrio compõem uma espécie de fórmula que leva o artista à busca da perfeição. Beleza era tida como um valor. Contudo, no século XX, essa concepção do belo foi rompida por uma necessidade de quebrar tabus morais. A originalidade que passaria a ser a guia dos artistas. Não só a arte, como também a arquitetura, a linguagem e a música ficaram sem alma e sem sentido. Agora, o “feio” seria criado por pessoas onde o peso do egoísmo dos seus prazeres e desejos seria muito maior do que o da noção do que é grosseiro e/ou hostil. No passado, os grandes artistas sabiam que a vida humana era dominada pela desordem e angústia. A consolação para todos os males viria, então, através da beleza de uma obra de arte, que teria como intenção mostrar que a vida vale a pena. Porém, criadores contemporâneos parecem ter se esquecido deste ideal. Pensa-se que a confusão da vida moderna não pode ser transcrita em uma tela, com pincel e tinta, mas sim que ela própria deva ser exposta como obra. Foi o francês Marcel Duchamp que criou esse padrão de expor a existência tal como ela é quando fez uma assinatura falsa em um urinol. Seu gesto irônico foi interpretado de outra forma; entendeu-se que tudo poderia ser arte. Compreendeu-se, também, que em um mundo subversivo, a arte deveria imitar a realidade, sendo perturbadora da mesma maneira. As pessoas que procuram beleza não a encontram, pois esta característica não faz parte deste momento. A intenção, do que é se tido como obra, é chocar o público. Entretanto, após muitas repetições, essa atitude torna-se vazia e medíocre. Tornar algo belo é fazer com que o outro enxergue as coisas de uma nova perspectiva. Isso permite que as pessoas vejam o mundo em que vivemos de uma