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Para chegar ao resultado, os pesquisadores de 15 diferentes núcleos por todo o país elegeram dados coletados pelo Censo de 2010. A ideia era dar uma dimensão coletiva ao índice, ou seja, compreender se o ambiente compartilhado pelas pessoas é adequado. “Na última década presenciamos mudanças significativas nas condições sociais, associadas ao bem-estar individual. O IDH é uma manifestação dessa melhora, pois junta educação, longevidade e renda, que são dimensões individuais”, afirma Marcelo Ribeiro, um dos organizadores da publicação que traz a fundamentação do Ibeu. “Mas essas dimensões não refletem a qualidade de vida nas cidades, que é o ambiente da grande maioria dos brasileiros.”
Por isso, o Ibeu reúne indicadores que afetam coletivamente a sociedade. São eles: mobilidade (tempo do trajeto casa-trabalho); condições ambientais (arborização, ausência de esgoto a céu aberto e de lixo); condições habitacionais urbanas (aglomerado subnormal, densidade domiciliar, densidade morador por banheiro, material das paredes e espécie de domicílios); atendimento de serviços coletivos urbanos (água, esgoto, energia e coleta de lixo) e infraestrutura urbana (iluminação pública, pavimentação, calçada, meio-fio, boca-de-lobo, rampa para cadeirantes e identificação de logradouro).
Cada uma das cinco dimensões recebeu peso igual na composição do índice, que varia entre 0 (pior avaliação) e 1 (melhor). Assim como no IDH, o resultado não está atrelado a uma hipotética situação ideal, mas sim às melhores e piores