Basileia II
Estávamos em 1988 quando surgiu o primeiro acordo de adequação de capital das instituições de crédito que se encontra ainda em vigor. Foi concebido por um Comité de Bancos Centrais e de entidades de Supervisão de vários países. Através deste acordo, procuraram aquelas entidades estabelecer, pela primeira vez, normas internacionais de alocação mínima de fundos próprios pelas instituições de crédito de modo a que estas cobrissem, numa primeira fase, os riscos de crédito e, posteriormente também, os riscos de mercado inerentes à sua actividade. Da década de oitenta até hoje, profundas transformações se têm vindo a operar no sistema financeiro mundial em resultado de uma sofisticação crescente de produtos bancários comercializados, dos avanços tecnológicos e de uma liberalização na banca, sem precedentes. Por outro lado, o acordo de 1988, que veio a ser aplicado em mais de cem países, provou não ser inteiramente eficaz para fazer face às etapas de instabilidade que entretanto ocorreram nos sistemas financeiros de alguns países (alguns países nórdicos, Argentina, etc.). Simultaneamente, os grandes bancos, internacionalmente activos começaram a desenvolver técnicas de medição e gestão dos riscos muito mais avançadas, levando em conta uma maior diferenciação entre os riscos e alocando fundos próprios (de forma económica e não regulamentar) em função do rating atribuído aos seus devedores (ou grupos de devedores nomeadamente de retalho).
Âmbito Do Acordo De Basileia
Um sector financeiro a funcionar eficientemente é vital para o crescimento económico de um país, atendendo à função de intermediação que as instituições financeiras desempenham, captando fundos que mobilizam para actividades produtivas. É importante que este processo se desenvolva num contexto de estabilidade financeira.
A crescente globalização, a vontade dos mercados financeiros mundiais, o desenvolvimento de novos produtos, a crescente desregulamentação e a sofisticação dos