Barroco segundo wolfflin
No campo de estudo das artes, existe uma variedade incontestável de estilos, tendências e características, que fazem com que a arte em si, seja não somente uma maneira de expressão, mas sim um elemento que ajuda a historicizar e classificar toda uma época ou sociedade. E é exatamente focado em um destes vastos estilos, sendo ele o Barroco, analisaremos algumas de suas peculiaridades, tomando como base, algumas obras, de acordo com os estudos de Heinrich Wolfflin. Pictórico é um dos termos essenciais para classificar o estilo Barroco em sua essência. Este termo está estritamente ligado a impressão de movimento, ou seja, impressiona pela aparência, utilizando-se de técnicas que evidenciam o volume, grandes massas, luz e sombras, linhas livres e os contornos tornam-se apenas vagas indicações fazendo com que desta forma nada seja delimitado e sim “sugerido”.
Uma obra que evidencia estas questões do pictórico é “A Incredulidade de São Tomás” (Caravaggio 1601-2)¹, onde o artista, através da luz e da sombra, evidencia os personagens e ao mesmo tempo os mesmos são dissolvidos em um fundo obscuro e sem definição de linhas ou contornos, fazendo com que os personagens recuem ou avancem neste espaço. Também, através desta obscuridade, somada a sobreposição entre os personagens retratados, temos a Ideia de massas ao invés de figuras isoladas.
O estilo Barroco utiliza-se também dos Efeitos da massa, onde se propõe a ideia de uma composição com massas grandes e pesadas, essa ideia fica ainda mais clara na arquitetura e isso é percebido na ampliação das fachadas no sentido horizontal, no rebaixamento do frontão e no arredondamento das formas agudas resultando também na fluidez das formas, ou como é citado por Wolfflin “...o amolecimento da matéria...”. Um elemento que faz com que o desenvolvimento destes aspectos sejam possíveis é a utilização da argamassa e do tijolo, que possibilitam uma composição conjunta no lugar dos blocos isolados,