Wölfflin e o Barroco

O texto do Wölfflin fala sobre o Barroco. Nele têm três pontos principais: o ‘estilo pictórico’, o ‘efeito de massa’ e o ‘movimento’. Todos são os pontos que Wölfflin usa para explicar o Barroco na arquitetura, passando primeiramente pela pintura e tentando aplicá-los na arquitetura.
Primeira obra escolhida foi a pintura “Tomé, o incrédulo” de Caravaggio e falarei sobre o ‘Estilo Pictórico’ de Wölfflin. As linhas do quadro são livres e leves. Diferentemente da Renascença onde as linhas eram severas, rígidas e firmes, vemos no Barroco que as linhas caminham quase sempre em diagonais. O uso da horizontal e da vertical não é mais usado, pois não trás o efeito pictórico. Já as diagonais sim, pois trazem idéia de movimentação.
Os contornos são vagos, têm traços incertos ou nem têm. No Barroco o que importará será a idéia de volume, de massa. O jogo de luz e sombra pode ser visto junto com os personagens da cena, eles se ‘fundem’ em um só por meio desse jogo. Esse estilo não busca o isolamento das formas, mas sim através desses ‘artifícios’ um efeito de massa, de infinito. No Barroco não há regras. Essa é outra das características do estilo pictórico que é, segundo Wölfflin, a verdadeira característica do estilo barroco. Apesar de aplicadas na arquitetura, essas características podem ser mais facilmente detectadas na pintura, por isso, preferi escolher uma pintura para falar desse conceito.
Para falar do segundo conceito ‘efeito de massa’, escolhi a arquitetura da Igreja de II Gesù em Roma feita por Giacomo Della Porta entre 1575 e 1577. Esse conceito fala sobre a exigência do uso da massa grande e pesada nos prédios. A forma dos prédios se tornam grandes e monumentais, o uso da proporção humana não mais existe. A fachada se amplia ao máximo, uso como exemplo a fachada da Igreja, que tem o uso da retórica (a duplicação das colunas). O frontão agora parece que atrai toda a arquitetura para baixo, outra observação que pode ser feita é da sua duplicação. Isso é