O que é Arte/Jorge Coli – 15º Ed. São Paulo: Brasiliense, 2008. A Busca do Rigor – A ideia de estilo Jorge Coli inicia o capítulo discorrendo que a ideia de estilo está enraizada no princípio de uma relação intrínseca de constantes formais dentro da obra de arte. Numa obra existe um certo número de construções de expressões, sistemas plásticos, literários, musicais que são escolhidos e empregados pelo artista com certa freqüência. Um exemplo que o autor cita é filme Psicose, em que se constata a valorização dos personagens de maneira individualizada. Isso já caracteriza um estilo próprio ao filme, além de outros como, por exemplo, a reaparição insistente de efeitos musicais típicos dos filmes de Hitchcock. Prestando atenção nesses elementos que reaparecem nos filmes do diretor, descobrimos o estilo dele. Muitas vezes o artista mantém um mesmo estilo imutável da primeira a última obra, entretanto, na maioria dos casos ele transforma e modifica suas constantes estilísticas com decorrer do tempo. Assim, um mesmo criador pode desenvolver em sua produção tendências estilísticas diferentes constituindo as “fases” distintas do artista. O estilo pode até levar à constatação da existência de autores sobre os quais ignoramos tudo. Assim, as constantes estilísticas permitem mesmo a constituição de autores unicamente a partir das obras. Vê-se também que as diversas épocas constroem uma espécie de pano de fundo estilístico comum às obras por mais diferentes que sejam. Os Estilos Coli ainda comenta sobre as categorizações das obras, pois inserir-las num estilo pode ser um trabalho muito difícil e às vezes contraditório, pois uma obra de arte pode ter características que a encaixam em vários deles. Há, pois uma complexidade em definir uma produção artística. O que ajuda nessa definição é o conjunto de práticas artísticas que podem ser usadas como elementos definidores. As classificações não são instrumentos científicos, nem são exatas, ela agrupam