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Obras de Benito Castañeda e de Arcângelo Ianelli analisadas sob a perspectiva de história da arte de Heirich Wolfflin
A metodologia adotada para a discussão das obras optadas será a abordagem histórica de Heinrich Wölfflin. Wölfflin foi o responsável pela sistematização do formalismo - integração dos elementos de uma obra e análise da sensação que o conjunto produz. Em seu livro Conceitos Fundamentais da História da Arte, sistematiza as categorias da forma e aborda a Teoria da Visibilidade Pura, que concede autonomia às imagens, afirmando que elas devem ser vistas por sua representação. Unido a isso, critica o conceito de imitação da natureza como um processo de crescente aperfeiçoamento. Wölfflin ressalta que as cores e formas são captadas de formas diferentes de acordo com a personalidade do artista: a luz, a cor, as saliências e reentrâncias do objeto a ser retratado podem ter maior ou menor destaque dependendo do artista que produz a obra. A psicologia da forma estuda a forma com que se pode observar a personalidade do artista só pelo um detalhe diferenciado em sua obra, ou mesmo pela obra como um todo. Logicamente, apesar de suas diferenças, muitos artistas possuem muitos elementos em comum, tanto pelo fato de pertencerem a uma mesma época ou a uma mesma cultura. Dessa forma, ao lado do estilo pessoal do artista, deve-se considerar o estilo nacional e o estilo de época. Wölfflin frisa “Épocas diferentes produzem artes diferentes, o espírito da época mescla-se ao espírito da raça”. O espírito de uma nova época exige uma nova forma de representa-la, o que culmina no surgimento de um novo estilo artístico e cultural. Essa diferenciação de representação e expressão artísticas de acordo com o tempo em que a obra é produzida é bem exemplificada pela sentença de Wölfflin “Nem tudo é possível em todas as épocas”. Ela retrata que as influências de composição de cor, luz e forma e até de materiais disponíveis para