barbitúricos
Barbitúricos
Carmen Baptista dos Santos*
Introdução
A anestesia venosa moderna nasceu com a introdução na prática clínica do tiopental, descrito em 1934, que, por seu desastroso uso em pacientes em estado de choque, durante a 2 a. Guerra Mundial, era denominado como “o modo ideal de eutanásia”. Com o passar dos anos e com a melhora no entendimento de suas características, passou então a ser empregado como agente de indução ou de manutenção, associado a outros anestésicos. Até 1952, quando foi apresentado o tiamilal, nenhum outro agente anestésico venoso fora lançado além do tiopental. A partir dessa data foram propostos novos agentes, (Tabela I) na tentativa da melhoria do despertar, da recuperação lenta e da depressão cárdio-respiratória causadas por essa droga. Estrutura Química
O ácido barbitúrico é o 2, 4, 6-trioxihexahidropiridamida (Figura 1) e as modificações nas cadeias laterais 5 e 5, com a introdução de radicais
* Co-responsável pelo CET Bento Gonçalves do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Anestesia Venosa
Tabela I – Cronologia dos anestésicos venosos introduzidos na prática clínica
1952
1957
1957
1961
1964
1971
1973
1977
1978
_______________ Tiamilal
____________ Metohexital
_____________ Cetamina
____________ Propanidid
_____________ Diazepam
______________ Alfatesin
_____________ Etomidato
______________ Propofol
____________ Midazolam
alifáticos lhe conferem propriedades hipnóticas; o comprimento dessas cadeias vai determinar a duração de ação, tanto quanto a potência. O átomo de oxigênio na cadeia 2, substituído pelo enxofre (S), produz os barbitúricos de ação curta ou tiobarbituratos (tiopental, tiamilal), que têm um início e ação mais curtos que os oxibarbitúricos (Figura 2).
O tiopental é uma droga sedativo-hipnótica, da classe dos barbitúricos, cujos efeitos dependem da via de administração e da dose utilizada.