Bagno
O primeiro mito aborda a questão de que os brasileiros falam uma mesma língua, sem dialetos, porém o autor vai contornar essa afirmação, dizendo que embora a língua da população brasileira seja o português, essa mesma língua apresenta uma variedade lingüística muito extensa. Bagno destaca, também, a importância de as escolas e todas as demais instituições voltadas para a educação e a cultura abandonarem esse mito da unidade do português no Brasil e passarem a reconhecer a verdadeira diversidade lingüística de nosso país.
No segundo mito, o autor vai criticar o pensamento de que só se fala bem o português, em Portugal e vai dizer que isso não passa do reflexo de inferioridade por termos sido colônia dependente, como diz o próprio autor, de um país mais antigo e mais “civilizado”. Bagno vai argumentar que, do ponto de vista lingüístico, o português falado no Brasil já possui uma gramática, isto é, regras de funcionamento que são bastante distintas da gramática da língua falada em Portugal.
O terceiro mito põe em voga a questão de que as regras que aprendemos na escola, em boa parte não correspondem à língua que realmente falamos e escrevemos no Brasil. E a reflexão doa autor em relação a isso é que esse pensamento só deixará de se repetir, a partir do momento em que o ensino do português nas escolas passe a se concentrar “no uso real, vivo e verdadeiro da Língua Portuguesa do