Marcos Bagno
Professora: Ariadne
Aluna: Vanessa Santarém
O círculo vicioso do preconceito linguístico
Marcos Bagno professor e escritor do livro O preconceito linguístico, produzido em 1999.
O círculo vicioso é composto por três elementos: a gramática tradicional, os métodos tradicional de ensino e os livros didáticos, denominados por Bagno de Santíssima trindade do preconceito lingüístico.
Marcos Bagno interpreta o círculo vicioso como um ciclo, pois ele diz que os três elementos se completam, a gramática tradicional que inspira a prática de ensino, que então provoca o surgimento dos livros didáticos e fechando esse círculo os autores recorrem à gramática tradicional.
Com o tempo Bagno foi entendendo que não há somente três elementos no círculo vicioso e sim quatro, o chamado de comandos paragramatais, que são todos os arsenal de livros, manuais de redação de empresas jornalísticas, programas de rádio, etc.., tudo isso colaboram mais com o processo de que o “brasileiro não sabe português” e de que ”português é muito difícil”, a mídia que tinha que ter como papel principal ajudar quem tem dúvidas na hora de falar ou de escrever, acaba separando mais as variedades lingüísticas.
Para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, a escola precisa livrar-se de vários mitos: o de que existe uma forma “correta” de falar, o de que a fala de uma região é melhor do que a de outras, o de que a fala “correta” é a que se aproxima da língua escrita, o de que brasileiro fala mal o português, o de que o português é uma língua difícil, o de que é preciso”consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado. Essas crenças produziram uma prática de mutilação cultural.