Bacharelismo
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
Departamento de Direito
Bacharelismo
Autora: Letícia Rodrigues Mustafa.
Matrícula: 11/0127927
Brasília – 2012
Letícia Rodrigues Mustafa
Introdução
Neste trabalho será explicitado o fenômeno social do bacharelismo, no qual há uma predominância dos bacharéis, influenciando a vida social, econômica e política do Brasil. Mostrando como esse fenômeno se desenvolveu, sua fase de ápice e consequências disso, como exemplo o prestígio de ser um bacharel, e a decadência do bacharelismo.
Bacharelismo
O bacharelismo, segundo a conceituação de Medina é um fenômeno social caracterizado pela predominância do bacharel na vida social do país, ocupando ele posição preeminente na atividade política e exercendo funções diversas às sua especialidade ou formação, à falta de profissionais qualificados para exercê-las.
A fase auge do bacharel, no Brasil vai do Segundo Império à República Velha, esse fenômeno arraigou uma crença de que o operador do direito fosse uma espécie de ser capaz de exercer quaisquer atividades para as quais fosse designado e os estudos sociais se mostrassem úteis.
Assim, as pessoas passaram a acreditar que não havia ninguém melhor que os bacharéis para dirigir a política e exercer os cargos públicos de maior importância. Então, eles, guiados pelos ideais da Revolução Francesa, estiveram metidos em praticamente todos os grandes acontecimentos políticos da história brasileira, o Segundo Reinado foi o reinado dos bacharéis. Os quais possuíam como traço de espírito marcante a sagacidade dedutiva, tendo apenas que aplicar e não formular o Direito.
Os cursos jurídicos foram, no Império, uma forma de encaminhamento, às carreiras jurídicas, à magistratura, à advocacia, ao Ministério Público, à política, à diplomacia, alastrando-se em áreas parecidas na época, como a filosofia, a literatura, a poesia, a ficção, as artes e o pensamento social. Constituíram o “negocio fácil” da elite política do momento.