Instituições, retórica e o bacharelismo no brasil de josé wanderley kozima
Após, o direito brasileiro é mostrado em suas duas composições: retórica e literária; e, posteriormente, o mau uso da retórica é comentado:
“A cultura bacharelesca não é somente retórica, mas também literária; retórica enquanto privilegia a eloqüência, não raro em prejuízo do conteúdo; literária enquanto, talvez, uma cultura livresca, romântica, ingênua, ampla mas indiferente à realidade concreta”.
“A retórica moderna, particularmente entre os bacharéis, tornou-se, no dizer do poeta Vinícius, ‘um corpo sem alma, um pensamento sem espírito’, um ornamento sem conteúdo, que passa, enfim, a valer apenas como sinal distintivo”.
5.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Primeiro, José Wanderley faz uma crítica ao atual uso da retórica”
“Certamente, tornou-se a retórica mais um signo... impregnou-se no discurso do bacharel, atuando-o à forma desprovida de conteúdo... em muitas ocasiões o discurso jurídico presta-se a esconder o objeto, ao invés de revelá-lo”.
Finalizando, é feita outra crítica, dessa vez à disseminação desproposital do “estilo bacharelesco”:
“Enfim, considerando-se que ser bacharel era um bom negócio, podendo render algum prestígio ou distinção, verificou-se um certo estímulo, especialmente entre as classes intermediárias, à prática do bacharelismo formal. Falar difícil, vestir-se adequadamente, ostentar um cultura literária e mesmo o conhecimento de textos legais tornou-se prática verificável fora do currículo restrito dos bacharéis”.
Conclusão
O livro Fundamentos de História do Direito 2 Edição faz, em seus 15 capítulos, uma explanação detalhada e, ao mesmo tempo, sucinta dos aspectos mais relevantes da história do direito. Trabalhando desde o período pré-histórico até o direito cotidiano, a obra aborda diversas temáticas como: o direito romano, o grego, direito na idade média (com