aviação
Introdução
Enfrentamos actualmente um cenário socioeconómico impar, marcado pela reinvenção das economias e sociedades ocidentais segundo vectores neoliberais, a par de um desenvolvimento quase exponencial de países emergentes como o Brasil, a Rússia, a India, a China e a África do Sul (BRICS). Pelas características específicas dos países em questão (localização geográfica, dimensão e diversidade populacional, etc.) assistimos à inauguração de uma nova fase do processo de globalização, pelo menos certamente mais abrangente, materializada numa interdependência mais intensiva e extensiva, a qual conduz ao reforço de modelos de desenvolvimento sustentados no ideal de pensar e viver global.
Apesar das diversas dificuldades que o sector da aviação tem enfrentando ao longo da sua história recente (ex: terrorismo, catástrofes naturais, etc.), a par das actuais e crescentes contingências que ameaçam a sobrevivência do negócio, como a subida vertiginosa do preço do petróleo, a crise dos mercados financeiros e o fenómeno da “Primavera Árabe”, as expectativas apontam para um crescimento significativo da actividade, fruto, desde logo, de uma “nova geografia” do planeta, a qual reflecte um atenuar da bipolarização entre economias desenvolvidas e em desenvolvimento (estima-se que 56% da riqueza mundial gerada no período 2012-2031 seja proveniente das economias emergentes), criando novas interdependências e modelos de desenvolvimento económico e social.
Sustentado pela referida alteração estrutural, e apesar das mencionadas adversidades (refira-se que o preço do combustível representa em média 25% da estrutura de custos de uma companhia aérea) (Doganis, 2005), estima-se que o transporte aéreo cresça a uma taxa média de 4,7% no período 2012-31. Todavia os mercados das economias desenvolvidas (América do Norte e Europa) continuaram a ter um peso estrutural significativo, envolvendo 60% do trafego aéreo mundial. Todavia, em 2031, as alterações