AVC - DIAGNOSTICO TOPOGRAFICO

Tem-se como hipótese diagnostica um acidente vascular cerebral (AVC).
A paciente apresentou um déficit neurológico focal, de instalação súbita, e rápida progressão. Nesse caso deve-se questionar o marido da paciente sobre o momento exato do início dos sintomas e como tem sido sua evolução. O tempo de evolução do déficit neurológico é uma informação fundamental para algumas decisões terapêuticas, esse dado deve ser o mais preciso e confiável possível.
Também deve ser questionado se houve perda do controle esfincteriano e coletada a história pregressa da paciente (hipertensão arterial? Diabetes melito? Dislipidemias? Tabagismo? Sedentarismo?).
Em seguida deve ser feito um exame físico detalhado, avaliando-se estado de hidratação, oxigenação, frequência, ritmo e ausculta cardíaca e ausculta respiratória.
Pode haver necessidade de medidas de suporte mais agressivas (como intubação orotraqueal) caso haja oclusão das artérias vertebrais ou da basilar.
O exame de fundo de olho deve sempre ser feito, ele pode auxiliar a determinação de quadros hemorrágicos, como a presença de hemorragia sub-hialoide (indicando HSA, hemorragia subaracnoide) e também em casos isquêmicos, havendo palidez retiniana. No caso em questão esse exame torna-se imprescindível já que a paciente apresenta um défict visual esquerdo.
Eh muito importante avaliar-se periodicamente o nível de consciência. Nesse caso a paciente apresenta-se confusa e pouco orientada no tempo e espaço, com deterioração rápida no nível de consciência.
Rebaixamento do nível de consciência pode ocorrer em lesões isquêmicas do tronco encefálico, por acometimento de núcleos de formação reticular que se relacionam ao sistema ativador reticular ascendente (SARA). Já nas lesões isquêmicas dos hemisférios cerebrais, o rebaixamento do nível de consciência costuma ocorrer naquelas de maior extensão.
Eh fundamental que se faça o diagnostico topográfico da lesão. As manifestações neurológicas correlacionam-se com o território