Avanços em Reprodução Assistida
Inicialmente, o artigo aborda um breve histórico sobre a reprodução humana assistida (RHA) citando alguns procedimentos, como, por exemplo, a injeção citoplasmática de espermatozoides. Em seguida critica, felizmente, o número reduzido de estudos que abordam sequelas na saúde da mulher após RHA, muito embora sua saúde possa estar comprometida, incluindo o efeito das drogas utilizadas para estimulação ovariana, os instrumentos utilizados, dentre outros.
Segundo o texto, há uma incidência de complicações na RHA como aborto, gravidez ectópica, descolamento prematuro de placenta, maior número de hipertensão arterial específica e de diabetes gestacional. Além disso, destaca a frequência do parto cesária tendo como uma das causas a presença de fetos múltiplos. Enfatiza também os possíveis riscos de câncer de mama das mulheres que receberam a terapia.
No tocante aos aspectos perinatais, o autor sinaliza o nascimento de uma nova criança como um problema de saúde pública, uma vez que causa um risco à mãe, a criança e pelo alto custo gerado ao sistema público de saúde. Porém, é válido ressaltar que devido ao elevado custo financeiro da RHA, tal técnica é mais praticada por mulheres de significativo poder aquisitivo.
Também destaca uma série de possíveis complicações enfrentadas pela criança, tais como problemas de termorregulação, respiratórios, de alimentação, icterícia, infecção, complicações neurológicas e restrição de crescimento intra-uterino. Em seguida é abordado que a longo prazo foi verificado uma necessidade de educação especial, dificuldade de comportamento e socialização. Entretanto, mesmo tendo mencionado outro artigo que discute acerca do tema, não apresenta dados nem um maior embasamento em relação às afirmações.
Ainda assim, o texto direciona-se às elevadas taxas das anomalias dos nascimentos múltiplos, o que é válido em razão de as chances de gravidez de múltiplos chegarem a cerca de 25%.