AVALIAÇÃO A história da avaliação se mistura com a nossa própria colonização. A avaliação como sinônimo de provas e exames é uma herança que data de 1599, trazida ao Brasil pelos jesuítas. No Brasil colonial as principais escolas foram jesuíticas onde,... Sua tarefa educativa era basicamente aculturar e converter "ignorantes" e "ingênuos", como os nativos, e criar uma atmosfera civilizada e religiosa para os degredados e aventureiros que para cá viessem. (PRADO, MARIA ELIZABETH XAVIER, 1994, p. 41). No Brasil a avaliação da aprendizagem está a serviço de uma pedagogia dominante que serve a um modelo social dominante, podendo ser identificado como social liberal conservador, originado da estratificação dos empreendimentos transformadores que culminou na Revolução Francesa. As pedagogias hegemônicas, que se definiram historicamente nos períodos subseqüentes à Revolução, estiveram e ainda estão a serviço desse modelo social. A avaliação opera com desempenhos provisórios, na media em que ela subsidia o processo de busca dos resultados os melhores possíveis. Para um processo avaliativo-construtivo, os desempenhos são sempre provisórios ou processuais, como também se denomina, cada resultado obtido serve de suporte para um passo mais à frente. Daí as conseqüências: avaliação é não-pontual, diagnóstica (por isso, dinâmica) e inclusiva, por oposição às características dos exames, que são pontuais, classificatórios e seletivos. Ou seja, à avaliação interessa o que estava acontecendo antes, o que está acontecendo agora e o que acontecerá depois com o educando, na medida em que a avaliação da aprendizagem está a serviço de um projeto pedagógico construtivo, que olha para o ser humano como um ser em desenvolvimento, em construção permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação de um educando, mas sim sua aprendizagem e, conseqüentemente, o seu crescimento; daí ela ser diagnóstica, permitindo a tomada de