Avaliação o Distância
O texto enfoca os limites e as possibilidades de reconhecimento das especificidades culturais e socio-históricas dos denominados "remanescentes das comunidades dos quilombos", a partir de um direito constitucional que assegura a regularização de suas terras. O dimensionamento desse problema realiza-se através de uma reflexão sobre a produção de laudos antropológicos, que são requeridos nesses processos de reivindicação de terras fundamentados na aplicação do artigo 68 da Constituição Brasileira de 1988. Partindo de alguns exemplos etnográficos, trazidos nos laudos, trata-se de levantar indicativos que problematizem um certo estereótipo de Quilom-bo, a constituição de sujeitos políticos e a implementação de projetos. Por último, se discute os paradoxos implicados nas reivindicações dessas comunidades quando procura-se reconhecer a pertinência de uma política de direito à diferença.No Brasil, as discussões em torno dos critérios para reconhecimento das comunidades quilombolas e da garantia de titulação de seus territórios já atravessam duas décadas. Nesse período, houve um alargamento da “noção” de comunidade quilombola. As mudanças, nessa noção, que foram incorporadas pelo Estado possibilitaram a legitimação de uma antiga demanda por reconhecimento de direitos. A partir dessa perspectiva, este trabalho consolida os resultados de uma pesquisa realizada entre 2006 e 2008 em 20 comunidades : Este trabalho foi desenvolvido a partir da pesquisa bibliográfica sobre a cultura quilombola na contemporaneidade presente no Trabalhode Conclusão de Curso – Fenômeno Quilombola: As tradições culturais da Comunidade Quintino Elias na cidade de Pedro Gomes e apresenta algumas definições do conceito de identidade obtida partir da investigação sobre a origem dos quilombos como forma de rebeldias coletivas, promovidas pelos negros, frente ao sistema escravista no Brasil e após a abolição. No quilombo, o negro buscou reconstruir sua identidade,contudo necessitou de unidade