Avaliação psicologica
O homem demorou muitos séculos para entender as diferenças individuais, os comportamentos estranhos, os problemas mentais graves. Até encontrar uma adequada compreensão desses fenômenos, o homem lançou mão de explicações as mais variadas, que o distanciavam da realidade de encarar esses processos como parte da condição humana. Apenas no final do século XVIII e início do XIX, efetivaram-se procedimentos humanitários para o cuidado apropriado de pessoas com problemas mentais, melhorando também as condições dos locais que abrigavam esses indivíduos. Muitos cientistas da época preocupavam-se com a mensuração das diferenças individuais, mas outros entendiam que o foco de interesse dos estudos devia centrar-se no que havia de comum entre as pessoas e nas descrições generalizadas do comportamento. Nesse contexto, surgiram os testes psicológicos que, no século XIX, foram concebidos sob a influência de conceitos e instrumentos aplicados na Física, na Química, na Astronomia e também sob a tradição clínica oriunda da Medicina, da Psiquiatria e da investigação social.
Especificamente, cabe destacar que as primeiras sementes para estruturar a área de medição em Psicologia foram lançadas pelo inglês Francis Galton, que introduziu o estudo das diferenças individuais; pelo americano James McKeen Catell, a quem se devem as primeiras provas denominadas como “testes mentais”, e pelos franceses Alfred Binet e Theophile Simon, organizadores de um teste bastante extenso para medir a capacidade mental de crianças em idade escolar. De certa forma, é possível dizer que esses estudiosos são considerados os pais da avaliação psicológica e que certamente a partir deles o movimento dos testes cresceu rapidamente.
A partir daí, o psicólogo passou a ser identificado como o profissional que trabalhava com instrumentos psicológicos − testes − que, naquela época − final do século XIX e início do século XX −, eram provas de cunho principalmente psicométrico, com a finalidade